terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Embraer testa aeronave de defesa que será entregue à Índia




A Embraer realizou nesta terça-feira voo inaugural da primeira aeronave EMB 145 AEW&C (Airborne Early Warning & Control, ou Alerta Aéreo Antecipado e Controle) de um total de três aviões encomendados que serão entregues ao governo indiano. O teste foi feito na sede da fabricante, em São José dos Campos (SP).


A partir de agora, a empresa vai testar o modelo durante voos. A previsão da Embraer é entregar a primeira aeronave à Índia no primeiro semestre de 2012.


Segundo a empresa, o modelo foi baseado no jato regional ERJ 145. A EMB 145 AEW&C tem sistema de reabastecimento em voo e comunicação por satélite. Foram realizados aumento na capacidade de geração elétrica e de refrigeração e um conjunto de modificações aerodinâmicas e estruturais. O modelo pertence à família de "Inteligência, Vigilância e Reconhecimento" da Embraer.


O objetivo da aeronave é monitorar o espaço aéreo, detectar, rastrear e identificar alvos dentro da área de patrulhamento e transmitir essas informações.

Entregas
Atualmente, há quatro aviões Embraer Legacy 600 sendo utilizados pela Força Aérea da Índia para o transporte de autoridades indianas e estrangeiras. Um quinto Legacy 600 é operado pela Força de Segurança de Fronteiras, subordinada ao Ministério do Interior da Índia.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Fab destaca Fogute lançado da Suécia


Foguete brasileiro é lançado com sucesso na Suécia

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A Suécia lançou com sucesso o foguete brasileiro VSB-30, projeto desenvolvido pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). O VSB-30 V14 foi lançado com a carga útil TEXUS 48, contendo experimentos do Programa Microgravidade europeu.
O foguete, fabricado pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), atingiu altura maior do que o previsto e caiu com precisão no ponto de impacto. De acordo com o Chefe da Subdiretoria de Espaço (SESP) do IAE, Coronel Aviador Avandelino Santana Junior, isso demonstra a qualidade de projeto do foguete brasileiro, favorecida pelas ótimas condições atmosféricas que contribuíram para o sucesso do lançamento.
O lançamento ocorreu nesta semana (27/11), em Esrange (Suécia), às 10h10 horário local, 7h30 pelo horário de Brasília.
O VSB-30 é certificado pela Agência Espacial Européia e pelo Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI). Foi 12º lançamento do foguete de sondagem VSB-30, que faz parte da cooperação entre Brasil e Agência Espacial Alemã (DLR). Três lançamentos aconteceram no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, e os demais em Esrange.
Dados do voo:
  • Apogeu: 258,4 km (estimado); 263 km (real);
  • Alcance da carga útil: 74,16 km (estimado); 72 km (real);
  • Dispersão do ponto de impacto = 1 sigma;
  • Tempo de microgravidade: 6 min 11 seg.


Leia mais (Read More): Poder Aéreo - Informação e Discussão sobre Aviação Militar e Civil

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Um 737 da ANA voa quase de barriga para cima

Um 737-700 da ANA (All Nippon Airways) em rota para Tóquio voou praticamente de barriga para cima após o avião mergulhar de nariz, informou nesta quarta-feira o órgão de segurança e proteção ao voo do Japão (Japan Transport Safety Board).
O vôo 140 de Naha para Haneda, com 117 pessoas a bordo, conseguiu pousar no aeroporto de Tóquio, após ter perdido cerca de 1.900 metros de altura em 30 segundos quando voava em cruzeiro a 12.500 metros. Dois comissários de bordo ficaram ligeiramente feridos, enquanto quatro passageiros queixarem-se de problemas de saúde mais tarde.
O chefe do conselho de segurança, Norihiro Goto, disse em entrevista coletiva que os dados da caixa-preta do Boeing 737-700 mostraram que no incidente, que ocorreu em 06 de setembro às 22h50min, o jato bimotor rolou para a esquerda e mergulhou depois de ter rolado suavemente para a direita, o co-piloto operou equivocadamente o pressionou o botão do comando de compensação do leme na cabine de comando.
A aeronave continuou a rolar até atingir 131,7 graus para a esquerda, deixando-a quase de barriga para cima, de acordo com o conselheiro, já o nariz chegou a apontar 35 graus para baixo em determinado momento.
“A força centrífuga (exercida pela manobra) pode ter ajudado a diminuir o impacto sobre os passageiros,” Goto disse.
Após a revelação de que o avião tinha voado quase de barriga para cima o Vice-Presidente Executivo Sênior  da ANA, Nagase Shin, disse em uma entrevista coletiva:
“Nós pedimos desculpas por causar problemas e ter deixado tremendamente ansiosos os nossos passageiros.” A manobra não intencional, foi causada quando o co-piloto, na tentativa de destravar a porta da cabine para o capitão que estava retornando de uma sala de descanso, confundiu o botão do compensador do leme de direção com o interruptor de bloqueio da porta da cabine de comando, que ficam próximos.
O incidente ocorreu quando o avião estava voando sobre o Oceano Pacífico a cerca de 40 quilômetros ao sul de Hamamatsu.
O conselho de segurança de transporte está investigando o incidente.
(c) 2011 Kyodo News International, Inc.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Após 3 anos, Boeing comemora entrega do 787 Dreamliner

Funcionários da Boeing entregaram o primeiro 787 Dreamliner nesta segunda-feira para a All Nippon Airways




Após três anos de atraso, funcionários da Boeing entregaram em mãos o primeiro 787 Dreamliner nesta segunda-feira, para a All Nippon Airways, encerrando quase uma década de desenvolvimento do jato comercial mais avançado do mundo. Quinhentos trabalhadores de Seattle, com ajuda de um rebocador, puxaram o avião por quase 100 m em direção aos compradores japoneses, que estavam em um pódio no lado de fora da fábrica em Everett (Washington).




A entrega em mãos é uma prova da estrutura leve do avião, que promete uma economia de 20% de combustível, mas também do ritmo lento da fabricação, que teve uma série de atrasos. As ações da Boeing disparavam 3,5% nesta segunda-feira.


"O 787 representa uma revolução fundamental, uma mudança transformacional no projeto, produção e performance de aviões", disse o presidente-executivo da Boeing, Jim McNerney, a uma multidão de cerca de 5 mil pessoas que portavam guarda-chuvas por causa da chuva. "Não posso esperar para ver o dia quando os céus do mundo estarão tomados por 787s", disse o presidente da ANA, Shinichiro Ito.




Investidores agora querem saber se a Boeing tem uma carta na manga para bater a meta de produção depois de três anos de atrasos e sete adiamentos. "Agora é hora de a Boeing olhar para frente e não mais para trás, com foco no processo de fabricação e satisfação do cliente", afirmou o estrategista Howard Wheeldon, da corretora londrina BGC Partners.




A aeronave de longo alcance custa US$ 200 milhões e tem um elegante design. A Boeing vendeu mais de 800 Dreamliners, que competirão com o futuro Airbus A350, que ficará pronto provavelmente em meados desta década.




A Boeing espera elevar a produção do 787 para 10 unidades por mês até o final de 2013, enquanto acelera a produção do 737, que passou por uma atualização, e se prepara para montagem do cargueiro 767 para a força

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Boeing C17 Globemaster faz 20 anos.





O C-17, aeronave militar de transporte da Boeing, completou nesta quinta-feira 20 anos do primeiro voo. O avião, com 51,7 m de envergadura e 53 m de comprimento, com capacidade para transportar até 170,9 t, estreou em um voo de 2h em 15 de setembro de 1991, a partir de Long Beach, onde são produzidos os C-17 pela fabricante americana.
Segundo a Boeing, o modelo já completou cerca de 2 milhões de horas de voo, e tem 33 recordes, relacionados, principalmente, com a capacidade de peso e altitude do voo. Já foram entregues 235 aeronaves C-17, 211 apenas para a Força Aérea Americana, e outros 24 para unidades militares de países como Canadá, Austrália, Reino Unido, Qatar, Emirados Árabes e Índia. Sua velocidade de cruzeiro é de cerca de 817,7 km/h e é possível transportar até 102 pessoas, com assentos na lateral e no centro.
Ficha técnica
Comprimento: 53 m
Altura: 16,7 m
Envergadura: 51,7 m
Alcance máximo: 4.400 km
Velocidade de cruzeiro: 817,7 km/h
Capacidade máxima de transporte: 170,9 t

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Novo Boeing 737 max

A Boeing anunciou na terça-feira (30/08) o lançamento da versão remotorizada do 737, o 737 MAX, que tem entrada em operação prevista para o ano de 2017.

A aeronave, cujas variantes foram batizadas de 737 MAX 7, 737 MAX 8 e 737 MAX 9, é a resposta da Boeing para o Airbus A320neo, anunciado pela fabricante européia em Dezembro de 2010 e que tem entrada em operação prevista para o ano de 2016.

O mais novo 737, que utilizará uma versão dos motores CFM LEAP-X a ser desenvolvida especialmente para o avião, o CFM LEAP-1B, será segundo a Boeing 4 % mais econômico do que o A320neo no que se refere ao consumo de combustível e, até o momento, já conta com compromissos de cinco companhais aéreas para um total de 496 aviões.

Os números são expressivos, porém não se podendo avaliar melhor a questão do consumo uma vez que são estimativas para motores e aviões que somente entrarão em operação dentro de alguns anos, ao se olhar para a quantidade de compromissos já firmados pela Airbus para o seu avião remotorizado fica claro que a Boeing está pagando pela demora de mais de 8 meses em relação à concorrente para anunciar o seu avião.

Atualmente ocupando a liderança do mercado entre os fabricantes de aviões comerciais, a Airbus que já produz mais aviões anualmente do que a Boeing possui compromissos de diversas companhais aéreas para mais de 1000 unidades do A320neo.

Enquanto a Boeing procura recuperar o terreno perdido, aguarda-se agora a divulgação das características técnicas do 737 MAX, em especial para se saber quais serão as mudanças necessárias para que o avião possa receber os novos motores.

Cabe ressaltar que um dos motivos que atrasaram o lançamento do avião e fizeram a Boeing até mesmo cogitar o desenvolvimento de um projeto completamente novo foram as dificuldades impostas para colocar os novos motores do tipo ultrahigh bypass ratio sob as asas do 737 que, ao contrário do A320, não possui altura livre suficiente entre as asas e o solo para receber tais motores.

Essa dificuldade técnica que precisará ser contornada pela Boeing deve-se ao fato dos novos motores possuírem um diâmetro maior do que os atualmente utilizados em suas aeronaves, sendo esse um dos principais motivos que fazem tais motores proporcionarem um menor consumo de combustível.

Para se ter uma idéia da diferença em relação ao consumo, a Boeing estima que para uma frota de 100 aeronaves, quando comparado aos seus concorrentes diretos mais econômicos em operação atualmente, o 737 MAX proporcionará uma redução de 79,5 toneladas no total anual de combustível utilizado, o que significa uma economia de US$ 85 milhões



segunda-feira, 22 de agosto de 2011

GOL recebe primeiro 737NG com motores mais eficientes

A GOL recebeu esta semana seu primeiro Boeing 737NG equipado com os novos motores CFM56-7BE e outras melhorias aerodinâmicas. O modelo foi desenvolvido com modificações de pressão de turbina e melhorias que reduzem o arrasto, diminuindo o atrito da aeronave com o ar, o que reduzirá em cerca de 2% o consumo de combustível da companhia aérea em relação aos motores utilizados atualmente, os CFM56-7B1. A aeronave de prefixo PR-GUI, um 737-800SFP, é também o centésimo jato 737 com a nova cabine de passageiros Sky Interior que apresenta iluminação e arquitetura futurista que a Boeing entrega a um cliente. Na GOL, o novo avião é o quarto do modelo Sky Interior.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Boeing 787 Dreamliner em Oshkosh, veja de perto como eu vi #video

Por Aviões e músicas: http://www.avioesemusicas.com/aviacao/boeing-787-dreamliner-em-oshkosh-veja-de-perto-como-eu-vi-video/

E o Boeing 787 fez sua primeira aparição pública em Oshkosh, no dia 29.

Além das fotos que tirei (e que até viraram Wallpapers :), prometi que iria fazer um “walkaround” e filmar certo?


Aqui está o resultado do walkaround em três partes. Havia muita gente em volta e logo se formou uma fila imensa para visitar a parte de dentro, eu tinha que optar entre fazer o walkaround ou entrar na fila, optei pela primeira opção já que o ZA001 não tem o seu interior completo, apenas muitos equipamentos de teste em voo.
Posso dizer a vocês que o 787 é uma belíssima aeronave, com muita tecnologia nova que eu tive que pesquisar para explicar nos vídeos. Algumas coisas não encontrei explicação, pois eu (ainda) não tenho acesso aos manuais de manutenção, somente a um booklet mostrando os sistemas principais.
Eu espero que ele seja tão bom na vida operacional quanto é belo e que a decisão da Boeing de ter tomado o caminho de uma fuselagem e asas totalmente em “composite” (material composto) se torne padrão para o futuro da aviação.
Os vídeos foram todos no improviso como todos que faço de walkaround, mas como esse foi o primeiro que fiz usando uma lente grande angular, em áreas muito barulhentas a minha distância da câmera fez com que minha voz ficasse baixa, mas é inteligível.
Espero que curtam o 787 através do vídeo tanto quanto eu, acho que esta é a única maneira que eu tenho de trazer a aviação para perto de vocês, que não têm a oportunidade (ou o privilégio) de estarem do outro lado da cerca (ainda :)
Parte 1:

parte2:



parte 3:


quarta-feira, 20 de julho de 2011

American Airlines faz a maior encomenda de aviões da história

Companhia aérea americana pediu 460 aeronaves que serão compradas da Boeing e da Airbus nos próximos 5 anos

A American Airlines anunciou nesta quarta-feira (20/07) a maior encomenda de aviões da história, de 460 aviões, que serão comprados da Boeing e da Airbus nos próximos 5 anos, além de opções e direitos de compra de outras 465 aeronaves até 2025.
Segundo um comunicado divulgado pela companhia aérea da Forth Worth, Texas, o presidente e principal executivo da AA, Gérard Arpey, declarou que a encomenda representa "outro passo importante na estratégia da companhia" para o futuro. Com estas aquisições, a American Airlines "espera criar a frota mais jovem e eficiente dos Estados Unidos".
Por meio do acordo, a companhia aérea planeja a aquisição de 460 aviões de cabine estreita e um corredor das séries Boeing 737 e Airbus A320 entre 2013 e 2022, no que a empresa descreveu como "a maior encomenda de aviões na história da aviação". EFE

segunda-feira, 18 de julho de 2011

EAB 2011

Dia 17 de julho encerrou a 14º Expoaerobrasil, fui à feira dia 16 sábado em relação ao ano passado houve uma movimentação maior  de pessoas e atrações, como é uma feira voltada a aviação experimental houve um grande número dessa categoria de aeronaves, A organização voltada ao visitantes estava “ok” para o porte do evento e quando necessário houve agilidade para a entrada das pessoas que já possuíam o convite. Uma vez lá dentro, haviam espaços para fazer um lanche, beber água e até um buffet com churrasco.

O que não pode acontecer é o isolamento das aeronaves, sem deixar que elas toquem e sim ensinar como elas  funcionam deixando toca-las e instruindo  ao mesmo tempo assim poderemos despertar o desejo de quem deseja embarcam nesta área.

Um vídeo compacto:


Algumas fotos :
Pratt & Whitney Pt-6




Cirrus SR-22

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Qantas quer aposentar 767 até 2018

A companhia aérea de bandeira da Austrália planeja retirar seu último Boeing 767 de operação em 2018. Atualmente, a Qantas opera uma frota de 26 767-300ER. De acordo com os planos da empresa, os jatos que operam primordialmente voos domésticos e regionais, serão aposentados a medida que os novos Boeing 787 Dreamliner forem entregues. A Qantas encomendou um total de 50 Dreamliners. Destes, 25 serão empregados para substituir os 767 e expandir a operação da companhia, enquanto os outros 25 serão utilizados pela subsidiária Jetstar.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

boeing 747-800 faz primeiro voo transatlântico com biocombustível

 Cargueiro faz 1º voo transatlântico com biocombustível
20 de junho de 2011 • 16h19 Cargueiro Boeing 747-8 faz o primeiro voo transatlântico de aeronave comercial de grande porte com biocombustível. O avião teve suas quatro turbinas .... Foto: Divulgação 

 Boeing  747-800 cruza oceano com 15% de combustível renovável


A Boeing afirmou nesta segunda-feira que seu cargueiro 747-8 fez o primeiro voo transatlântico de uma aeronave comercial de grande porte com biocombustível. O avião teve seus quatro motores movidos por uma mistura de 15% de óleo feito a base de Camelina (Camelina sativa) e 85% de querosene para aviação.
De acordo com a fabricante, nenhuma modificação foi feita nos motores para a viagem com biocombustível. O cargueiro chegou ao aeroporto de Le Bourget às 17h35 (horário local), nas proximidades de Paris, onde participa de uma feira de aviação junto a outros modelos da marca e de outros gigantes da aviação mundial.
A versão de carga do 747-8 é o quarto de cinco modelos comerciais da Boeing que ficarão no evento para visitação. Na quarta-feira, o avião voará para a sede da Cardolux, em Luxemburgo. A empresa receberá o primeiro modelo do tipo no segundo semestre.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Luta pela sobrevivência – Tupolev TU-154B #video

por Aviões e músicas: http://www.avioesemusicas.com/aviacao/luta-pela-sobrevivencia-tupolev-tu-154b-video/

No dia 29 de Abril último, um TU-154B matrícula RA-85563 de propriedade do departamento de defesa quase se acidentou no aeroporto de Chkalovsky próximo a Moscou.
Nos vídeos abaixo é possível perceber a dificuldade em manter a aeronave voando logo após a decolagem, e o esforço enorme que a tripulação deve ter tido para conseguir colocar a aeronave novamente no chão.
Difícil entender o que poderia causar isto, mas como a aeronave estava sem voar já a quase seis anos (de acordo com informações), ou algum controle de voo ficou totalmente fora de “rigging” ou a aeronave foi balanceada totalmente errada.
O Tu-154B-2, RA-85563 fez o primeiro voo em 1982, quase 30 anos atrás e estava parada desde 2005, sob custódia dos militares em Moscow Chkalovsk.
A tripulação comandada por Yuri Rodionov estava preparada para levar a aeronave para Samara onde passaria por reparos, mas o voo durou menos de 10 minutos e na menor altitude possível. Quando perceberam que a aeronave não podia ser controlada, a tripulação decidiu pousar o mais rápido possível. A primeira tentativa falhou (e pela filmagem dá até a impressão que a aeronave seria perdida atrás das árvores) A segunda tentativa foi bem sucedida e só Deus sabe como.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Empresa aérea Tam caracteriza avião com tema do filme 'Rio'

Nova pintura da aeronave Airbus A-320 da Tam


A TAM mostrou nesta terça-feira imagens de um Airbus A320 pintado de arara-azul. A iniciativa é uma parceria com a 20th Century Fox para promover o filme Rio, dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha. O avião poderá ser visto em voos que fazem o trajeto Rio de Janeiro - São Paulo e Buenos Aires - Santiago do Chile.





O avião temático voará por 14 meses na companhia. Em um dos voos durante esta semana os passageiros serão recebidos no desembarque do aeroporto internacional do Rio de Janeiro (Galeão) pelos personagens Blu, Nico e Pedro, em tapete caracterizado como o calçadão da praia de Copacabana, em substituição ao tema vermelho da empresa aérea.





Além da pintura externa, dentro do avião os cabeçotes de poltrona são personalizados com o tema do filme, assim como as janelas e os compartimentos superiores para bagagem de mão. A animação, que conta a história de uma arara que viaja ao Brasil em busca de aventuras, lidera a bilheteria americana pela segunda semana consecutiva, com US$ 26,8 milhões arrecadados durante o último fim de semana


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terça-feira, 5 de abril de 2011

Voo da in pousa UA Emergência epidêmico da Fumaça A Bordo

forças avião da United Airlines retornar ao aeroporto
Os passageiros a bordo do voo 497 plano de saída através de rampas de emergência em Nova Orleans

Por Mary Foster
actualizado 2011/04/04 11:37:30 ET

Kenner, Louisiana - Um avião da United Airlines de Nova Orleans e San Francisco retornou ao aeroporto de Nova Orleães em poucos minutos de decolar segunda-feira após o piloto reportou fumaça na cabine, a Federal Aviation Administration disse.

Todos os 100 passageiros e cinco tripulantes do vôo 497 estavam a salvo, porta-voz da companhia aérea Rahsaan disse Johnson.

Co-piloto Ronald Lee Young disse a um repórter da Associated Press, a bordo do Airbus 320 que pousou em sistemas de backup, com direção mínima ea capacidade de travagem, depois que o avião perdeu toda a eletrônica.

"Quando as coisas começam a correr mal, há sempre um sistema ... podemos voltar", ele disse.

O porta-voz da FAA Lynn Lunsford disse que não tinha sido informado sobre qualquer falha eletrônica. Ele disse que o piloto tinha declarado uma emergência devido a fumaça na cabine.

Young disse que o avião pesado, com combustível para o voo de cross-country, saiu da pista e explodiu um pneu.

Somente a roda de nariz correu pela calçada, Lunsford disse. Ele disse que os investigadores estavam a caminho para descobrir mais sobre o que aconteceu.

Assim que o avião estava no chão, aeromoças gritavam "Deixar tudo. Sai fora!" Os passageiros deslizou os slides frente e para trás.

Alguns passageiros caminhou até uma ambulância após uma chamada para qualquer um com lesões. As lesões pareciam ser menores, tais como escoriações do slide.

registros on-line a partir da Federal Aviation Administration mostram o avião foi construído em 1994.

http://www.msnbc.msn.com/id/42413387/ns/travel-news/

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Vídeo da CNN
http://edition.cnn.com/video/flashLive/liv...eam4&hpt=T2

Aeronave da Varig/GOLé atingida por urubu antes de pouso em Aracaju.

fonte: contato radar http://www.contatoradar.com.br/forum/index.php?showtopic=74239

ARACAJU e SÃO PAULO - Uma aeronave da Varig/GOL, vinda de Salvador, foi atingida por um urubu antes de pousar no Aeroporto de Aracaju, na tarde deste domingo. O impacto danificou o trem de pouso do avião, mas o piloto conseguiu realizar o pouso com segurança. Ninguém ficou ferido.

O avião ficou em manutenção na pista por mais de três horas. Dezenas de passageiros que seguiam para Salvador ficaram indignados e não embarcaram. Em nota, a Gol informa que "prestou o atendimento necessário aos clientes, conforme prevê a Resolução 141 da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC)."

- Ninguém deu informação para a gente. Houve um tumulto e, só depois, um funcionário nos orientou a seguir para o guichê para remarcar a passagem - diz a enfermeira Márcia Perrucho.

A empresa também disponibilizou ônibus para Salvador, mas muitas pessoas não aceitaram. O avião precisou ser isolado no pátio do aeroporto para perícia.

Segue abaixo a íntegra da nota da companhia aérea:

"A GOL informa que a aeronave programada para fazer o voo 1806, de Salvador (BA) com destino ao Aeroporto Santa Maria, em Aracajú (SE), precisou passar por manutenção não-programada após a aterrissagem. A companhia destaca que prestou o atendimento necessário aos clientes, conforme prevê a Resolução 141 da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

A GOL esclarece, também, que preza pelos mais altos padrões de segurança, de maneira que eventuais alterações nos horários de voos são procedimentos, ainda que indesejados, às vezes necessários às operações aéreas. A GOL lamenta que essas medidas causem desconforto aos passageiros, mas reitera que ações como essas visam garantir a segurança operacional, item prioritário de sua política de gestão.

Atenciosamente,

GOL Linhas Aéreas Inteligentes"

Diretor do BNDES vai comandar a Secretaria de Aviação Civil

A presidente Dilma Rousseff escolheu o diretor do BNDES Wagner Bittencourt de Oliveira para comandar a Secretaria de Aviação Civil, informa reportagem de Valdo Cruz para a Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
O órgão, criado há duas semanas por meio de medida provisória, terá poderes para transferir à iniciativa privada o direito de explorar os aeroportos. Carioca, Oliveira é diretor das áreas de Infraestrutura, Insumos Básicos e Estruturação de Projetos no banco estatal, do qual é funcionário desde 1975.

domingo, 20 de março de 2011

quarta-feira, 16 de março de 2011

Boeing eleva ritmo de produção do 777 para sete aviões por mês

A Boeing elevou o ritmo de produção do 777 para sete aviões por mês, efetivando o primeiro aumento desde que diminuiu em Junho de 2010 para cinco a quantidade de aviões produzidos mensalmente como resultado da crise econômica que atingiu a indústria, informou a ATI.

O aumento faz com que a Boeing, que vinha utilizando apenas duas posições de instalação de sistemas para o 777 na linha de montagem localizada em Everett, nos EUA, volte a utilizar as três posições disponíveis e comece a se programar para o próximo aumento na produção.

Impusionada pelo crescimento na demanda pelo avião com a recuperação sendo apresentada pelo mercado, a Boeing já planeja para o ano de 2013 aumentar a produção mensal para 8,3 aviões, elevando a produção anual para 100 aviões.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011


A Boeing apresentou ontem (domingo, dia 13), na fábrica de Everett, nos Estados Unidos, o mais novo produto: o 747-8 Intercontinental, cuja tecnologia promove economia em vários itens e que pode transportar entre 400 e 500 passageiros. O novo avião foi visto por cerca de dez mil pessoas.
“O 747-8 Intercontinental tem o menor custo assento por milha de qualquer avião comercial de grande porte, com custos 12% menor do que o antecessor, o 747-400. O avião oferece economia de 16% no combustível, e as emissões de carbono 16% menores por passageiro. O novo jato tem uma nova arquitetura, dando aos passageiros uma maior sensação de espaço e conforto”, explica a Boeing por meio de um comunicado.
Nico Buchholz, vice-presidente executivo de gerenciamento da frota do grupo Lufthansa, afirmou que o 747-8 Intercontinental será um grande complemento na nossa frota, servindo perfeitamente na categoria de 400 assentos, aumentando ainda mais a eco-eficiência de nossa frota. Como clientes lançadores, aguardamos ansiosamente para dar as boas-vindas a essa nova aeronave em nossa frota, no ano que vem, pois ela só faz acrescentar aos nossos atuais esforços ambientais e de modernização da frota.”
Segundo nota divulgada pela Boeing, a Korean Air e clientes VIP juntaram-se ao cliente lançador, Lufthansa, encomendando um total de trinta e três (33) 747-8 Intercontinentais. A primeira entrega está programada para o quarto trimestre do ano.
Ainda segundo a Boeing, o 747-8 emprega características dos interiores projetados para o 787 Dreamliner, o que inclui uma arquitetura mais curva, que dá aos passageiros uma sensação maior de conforto e espaço, além de permitir mais espaço para malas de mão.
Uma curiosidade a respeito da aeronave mostrada neste domingo é que sua pintura, em vermelho e laranja que lembram o nascer do sol, foge do padrão azul da Boeing. A nova paleta de cores é uma homenagem a muitos clientes importantes da Boeing, cujas culturas reconhecem essas cores como símbolos de prosperidade e boa sorte.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Boeing comemora entrega da milésima unidade do 767

A Boeing comemorou na noite da quarta-feira a entrega do milésimo avião do modelo 767. O evento realizado na fábrica de Everett, nos Estados Unidos, contou com a presença de centenas de funcionários da empresa. No mercado desde 1982, o jato pode carregar de 200 a 300 pessoas. A milésima unidade foi entregua à companhia aérea japonesa All Nippon Airways (ANA).



"Foi maravilhoso ver tantas pessoas aqui, engenheiros, técnicos e operários, que fizeram do 767 a ótima aeronave que é. Enquanto celebramos o milésimo, o próximo 767 já está sendo construído em uma nova linha onde podemos produzir aviões muito mais eficientes nos próximos anos", afirmou o presidente e CEO da Boeing para aviação comercial, Jim Albaugh.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Aeroporto dos EUA está alterando as pistas por causa de mudanças no Pólo Magnético da Terra, Pólo está se movendo cerca de 64 quilômetros por ano

O pólo magnético da Terra está mudando de lugar e isso é fato comprovado científicamente. O que antes ficava no extremo norte do Canadá está se movendo para algum lugar em direção à Rússia a uma velocidade de 64 quilômetros por ano.


Isso passa despercebido para a maioria dos humanos, na maioria dos lugares, mas em Tampa, na Flórida, a mudança está causando alterações nas pistas do Aeroporto Internacional.


Não, as pistas ainda não estão sendo refeitas nem o aeroporto está sendo virado para Meca. As mudanças, por enquanto, estão restritas ao trabalho de repintura das faixas e números de sinalização.


Uma a uma, as três pistas estão sendo fechadas para o trabalho por exigência do controlador aéreo dos EUA (o FAA).

sábado, 1 de janeiro de 2011

Um feliz 2011 à todos leitores

Como 2010 voou, e 2011 pronto para chegar, 2010  um ano bom e ruim sobvários aspectos , um ano turbolento para a aviação mundial onde uma média alta de acidentes e no brasil todo esse caos aéreo que se reflete nos aeroportos, que 2011 venha melhor e com maior responsabilidades de nossos governantes

Feliz ano novo à todos....

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O dia-a-dia de um mecânico de aviação comercial – Parte 4 Final

Por Lito:
http://www.avioesemusicas.com

Mas nem sempre o avião vai sair de imediato certo? Então ao invés de fazer pushback, ele é rebocado para uma área remota de manutenção e aí entram em ação as [manutenções] “Diárias”
A manutenção diária é mais completa do que a inspeção de trânsito, e ao contrário daquela, geralmente envolve serviços de rotina como calibragem dos pneus, check de todas as luzes externas, trocas de pneus, conjuntos de freios, etc.
Obviamente cada empresa tem o seu próprio programa de manutenção e não se deve considerar que o que eu escrevo aqui serve para todas ok?
Eu gosto da manutenção diária, da parte preventiva, embora já tenha gostado muito mais da “manutenção sob pressão”, que é aquela que você tem que resolver os problemas que acontecem “em cima” da hora do avião partir (mais detalhes no final do post).
Eu lembro que quando era adolescente, tinha uns kits da Revell montados (particularmente o  Bell UH-1H) e costumava brincar de voar com eles mas gostava mesmo é de programar a manutenção após o voo, removendo as pás, colocando óleo no eixo, re-colando as partes que quebravam, limpando a poeira com pincel..hehehe… olhando pro passado agora eu percebo que já gostava desse negócio de manutenção.
A inspeção de “diária” geralmente envolve uma inspeção de trânsito melhorada, com acendimento de todos os faróis externos, verificação de óleo dos motores e APU in loco, etc. Por haver mais tempo para execução, os limites são mais restritos. Por exemplo, durante uma inspeção de trânsito, você pode encontrar um pneu gasto aparecendo já a primeira lona de proteção e documenta o problema de acordo com o manual de manutenção para que a aeronave voe mais um número X de pousos até que seja necessário trocar o pneu. Se o mesmo pneu for encontrado com o mesmo desgaste numa inspeção diária, ele será trocado, pois o limite de restrição é diferente.
Trocando Conjunto de Freio – Boeing 767

Mecânica abastecendo o sistema de óleo do motor durante diária – Boeing 767

Além das inspeções normais, durante as diárias são executados outros checks de rotina e também a maioria das panes são “mortas”. Entre checks de rotina posso dar alguns exemplos: Check completo da cabine de passageiros, incluindo todas as luzes de leitura, todos os monitores de vídeo, todas as capas de assentos, carpetes, fornos de galley, coffee makers, audio, etc. O objetivo deste tipo de check é fazer com que cada passageiro tenha o máximo de conforto e que todos os equipamentos funcionem para que ele receba o serviço que pagou.
Mecânicos consertando equipamentos da cabine de passageiros – Boeing 767

Há também checks de motores, com trocas de alguns filtros e inspeção visual para procurar possíveis atritos de componentes que possam causar uma falha futura por problemas de vibração. Já faz tempo que fiz o vídeo abaixo, mas dá pra ter uma idéia de um desses checks. Quando as aeronaves são ETOPS, este tipo de check é feito em apenas um motor em cada diária, para evitar que um possível erro de manutenção (ou falha mecânica) comprometa os dois motores.
Além dos checks preventivos, a diária é uma boa oportunidade para “matar” as panes. O tempo maior da aeronave no solo possibilita a pesquisa dos manuais de manutenção para descobrir porque aquele bendito sistema continua inop mesmo depois de ter sido substituído. A pesquisa de panes através dos checks de fiação é uma das mais eficazes (e complexas para quem não tem formação em eletrônica) para se descobrir falhas.
Overhead Panel aberto expondo a fiação dos Circuit Breakers – Boeing 767

Algumas vezes os mecânicos têm que fazer mágica pra conseguir consertar algumas coisas. Aqui dá pra ver um enfiado atrás do motor terminando de instalar uma Blocker Door:

E aqui nesta parte fica o cérebro eletrônico e coração do Boeing 777

Quando a diária (e os checks) terminam, tudo é documentado e a aeronave estará pronta para mais um voo com segurança até o seu destino. Mas antes disso, ela será rebocada para o portão de embarque e ao chegar lá uma nova inspeção será feita para se assegurar que não houve algum corte em algum pneu durante o trajeto.
Quando os pilotos chegarem para assumir o voo, [mais] uma nova inspeção será feita (inspeção de pré-voo) em que o piloto terá a chance de encontrar algum item que não tenha sido observado pelos mecânicos. Após o embarque e já com as portas fechadas, a ultima inspeção é feita, da mesma maneira que durante o trânsito: verificação de portas e painéis de acesso.
A partir deste momento, o a aeronave está pronta para a partida… a menos que ocorra um problema de ultima hora que requeira manutenção.
Geralmente estes problemas antes da partida são fáceis de resolver (ou de deferir pelo MEL), no entanto alguns causam cancelamento de voo e consequentemente passageiros bem nervosos porque vão perder compromissos no lugar de destino.
Infelizmente não há o que se fazer numa hora dessas, ninguém da manutenção JAMAIS vai liberar uma aeronave para voo por causa de passageiros raivosos, a única pressão que pode nortear um mecânico nestas horas é a segurança do voo e o manual de manutenção.
Se tem algo que eu possa aconselhar a qualquer mecânico nestas horas é: Segurança do voo e foco no trabalho. É muito mais fácil responder um relatório de atraso ou cancelamento do que um relatório de incidente ou acidente.
Pra encerrar o artigo sobre a rotina, uma foto que conta uma história:

Esta foto mostra os primeiros raios de sol da manhã nascendo no aeroporto. Ela simboliza um desses dias em que alguma coisa não deu certo e que terminou em cancelamento de voo.
Foi mais uma noite em que eu e outros amigos abdicaram do sono, passando a madrugada no aeroporto para que no dia seguinte o voo pudesse seguir com os passageiros que não puderam cumprir a sua jornada no horário previsto.
O trabalho na manutenção requer uma dose de doação que nem todos estão dispostos a dar, mas o que se doam sempre têm histórias para contar, conhecimentos aprendidos, amigos para dar risada e o prazer de dormir tranquilo por ter feito a coisa certa.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Hoje é dia do Mecânico de manutenção aeronáutica

Dia 20 de dezembro é dia dos mecânicos de manutenção , parabéns a todos que ficam no sol, na chuva , na neve que fazem essas máquinas ficarem o menor tempo possível em solo.

O dia-a-dia de um mecânico de aviação comercial – Parte 3

Por Lito :
http://www.avioesemusicas.com/aviacao/o-dia-a-dia-de-um-mecanico-de-aviacao-comercial-parte-3/

Este post é a continuação da parte 2.
O que olhar dentro do cockpit, em especial de um Boeing 777?
Vamos continuar com a tentativa de descrever uma rotina (que nem sempre é rotina) diária de um mecânico de aviação comercial, deixando claro que estou apenas arranhando a superfície, pois seria impossível descrever todas as variáveis envolvidas numa operação.

Mas vamos lá, ao entrar no cockpit o mecânico deve observar algumas indicações de instrumentos presentes no cockpit, entre eles: nível de óleo dos motores(*), nível de óleo dos sistemas hidráulicos, testar o sistema de alarme de fogo e checar a pressão da garrafa de oxigênio dos tripulantes (Não vou entrar em especificidades de aeronaves, mas cada uma possui um algo a mais para olhar).
Nos aviões com glass cockpit (aeronaves que possuem telas para mostrar os instrumentos, como a foto do 777 acima), deve ser verificado também as mensagens de STATUS.
Estas mensagens são mostradas no EICAS (linha Boeing – Engine Indication and Crew Alerting System) ou ECAM (linha Airbus – Electronic Centralized Aircraft Monitor) e como o próprio nome sugere, elas indicam a condição em tempo real da aeronave em relação a alguns sistemas (foto abaixo)

Estas mensagens de STATUS (no exemplo acima RSCF PWR SUPPLY 1 e outras logo abaixo) são de crucial importância para o despacho da aeronave para voo através do MEL, elas definem a saúde da máquina, se pode ou não decolar. A maioria das vezes, quando uma mensagem de status aparece em voo, o piloto vai reportar no livro de bordo ou via ACARS.
Como eu havia falado no post anterior, no 777 (e no A330 embora de maneira diferente ou não tão moderna) há outra coisa muito importante para se olhar, e que mudou a maneira de como se fazer manutenção em voos com trânsito curto:
Um computador dedicado para a manutenção com acesso a todos os sistemas da aeronave. No 777 este “computador” se chama MAT (Maintenance Access Terminal), ele armazena e recebe informações em tempo real de quase tudo que acontece no avião.
Durante um voo com trânsito curto, você acessa o terminal através de um menu e “clica” numa opção que mostra as panes (o nome correto é FDE – Flight Deck Effects, ou seja, panes que ocorreram e que geraram um efeito no cockpit, que pode ter sido uma luz de aviso ou uma mensagem de status) que ocorreram no último voo e também as panes que estão “vivas” agora – real time.
Mas peraí Lito, você não disse que as mensagens de STATUS mostram a saúde do avião? Então para que ter um MAT mostrando a mesma coisa?
Ora, nem todas as panes chegam ao nível de importância para gerar uma mensagem de STATUS. Lembram que eu falei da redundância dos sistemas? Algumas panes diminuem a redundância sem interferir na segurança de voo, não sendo necessário então gerar um STATUS, mas o MAT/CMS captura tudo.
Mas o que tem de realmente muito excepcional no MAT é a informação detalhada do problema, em qual fase de voo ocorreu, qual o principal suspeito de ter causado aquela pane e o que pode ser feito para resolver! É praticamente um mecânico digital..hehehe.. mas precisa saber usar, precisa conhecer o avião, senão as informações seriam irrelevantes.
Só por curiosidade, eu li muitas revistas técnicas da Boeing quando eles estavam desenvolvendo o sistema de detecção de panes para incorporar no 777 e posso dizer uma coisa: é de uma inteligência fenomenal o algoritmo do sistema. Caso uma luz de falha acenda no cockpit, uma variedade enorme de componentes pode ocasionar aquela falha, no entanto o algoritmo é capaz de eliminar “panes em cascata” e apontar com uma grande margem de acerto o componente mais suspeito.
Mas deixando esta parte filosófica pra lá e voltando à nossa rotina, após verificado que não há maiores problemas no cockpit, só resta agora assinar a papelada autorizando a aeronave a fazer a próxima perna (release para voo). Se a aeronave for ficar por mais tempo no solo, ela entrará em manutenção diária (descreverei mais para frente)
Uma vez o release assinado (ou logbook liberado), é só abastecer e aguardar o embarque de passageiros. Com todos a bordo e portas fechadas, o mecânico mais uma vez vai dar uma volta na aeronave verificando que todas as portas e painéis de acesso estão fechados e que a área está livre para empurrar (pushback) o avião.
Com o trator de pushback acoplado para efetuar a saída padrão da aeronave, é necessário manter comunicação constante com o piloto e com o controle de pátio, movimentar, liberar os motores para acionar, desacoplar o pushback e dar o sinal de saída (varia de empresa para empresa, embora haja um movimento de padronização pela ICAO)
Este vídeo abaixo tem um tempo que fiz, mas mostra a operação de pushback e saída.

Um detalhe no vídeo: quem está pilotando o tratorzão de pushback é uma mecânica.
Mas nem sempre o avião vai sair de imediato certo? Então ao invés de fazer pushback, ele é rebocado para uma área remota de manutenção e aí entram em ação as [manutenções] “Diárias”, que descreverei na parte 4.
(*) Em voos ETOPS, o nível de óleo dos motores deve ser verificado no próprio motor (na grande maioria das empresas), para eliminar um possível erro de indicação.

o-dia-a-dia-de-um-mecanico-de-aviacao-comercial-parte-2

por Lito: 
http://www.avioesemusicas.com/aviacao/o-dia-a-dia-de-um-mecanico-de-aviacao-comercial-parte-2/
Este Post é continuação da parte 1.
Mas e se ocorrer um problema DURANTE o voo de vinda, dá pra saber também? E porque é necessário saber dos problemas antes do avião chegar?
Sim, é possível saber também dos problemas que ocorrem durante o voo antes mesmo do avião pousar.
Existe uma maravilha de comunicação de dados para aviação chamada ACARS (se pronuncia “ei-cars”). Quem acompanhou reportagens sobre a queda do Air France AF447 deve ter lido bastante sobre este termo, afinal as ultimas mensagens daquele fatídico voo foram enviadas via ACARS.
ACARS é uma sigla que significa ARINC Communications Addressing and Reporting System (americano gosta tanto de sigla que põe uma dentro de outra..rs) e ARINC significa Aeronautical Radio Incorporated. É um sistema de reporte usando um protocolo ARINC.
O ACARS é um MSN dos aviões. É uma maneira dos aviões se comunicarem e receberem informações à distância via satélite (ou via VHF se dentro de uma área coberta). Através do ACARS, um comandante antes de entrar em uma área suspeita de tempestades por exemplo, pode solicitar os últimos dados meteorológicos da área e receber um reporte completo, o qual é impresso – aham, tem uma impressora no cockpit – e consultado pelos pilotos. Da mesma maneira, podem solicitar informações sobre conexões, portão de desembarque no aeroporto de destino, enfim, uma variedade enorme de aplicativos que cada empresa decide o que usar.
Um dos aplicativos mais legais é o que trata da parte de manutenção. Aeronaves que possuem o ACARS instalado podem enviar problemas que ocorrem durante o voo diretamente para a base de manutenção. Nas aeronaves mais modernas como o Boeing 777 e os A330/340, o próprio sistema de monitoramento da aeronave é interligado ao ACARS e envia mensagens de possíveis panes que nem os pilotos percebem (dado o nível de redundância). O que a empresa vai fazer com esses dados que recebe varia de companhia para companhia, mas são dados importantes para manutenção preventiva, aquela em que você troca um equipamento antes mesmo que ele venha a falhar em serviço.
Algums sistemas na aeronave não têm como ser monitorados, como por exemplo o descansa pé de um assento da primeira classe, uma luz de leitura em um assento da classe econômica, uma cafeteira que parou de funcionar, etc. Estes tipos de problemas são anotados pelas comissárias e passadas aos pilotos que então transmitem a informação via ACARS (usando códigos de pane ou texto puro mesmo).
Bem, explicado um pouco sobre o ACARS, vamos voltar a nossa rotina: O avião está vindo para a nossa base, então precisamos saber quais problemas ele tem com antecedência para que quando ele chegue ao destino, os mecânicos já estejam preparados com ferramentas e componentes necessários para sanar este problemas sem que haja perda de tempo (tempo é tudo na aviação). Já sabendo o problema com antecedência também é possível definir um plano de ação para a necessidade de se deferir o problema.
Hoje em dia é tão mais simples, na época do Electra na ponte aérea a gente tinha que esperar o avião encostar e todos os passageiros descerem para então poder subir e olhar o livro de bordo para saber dos problemas, enquanto isto o avião já estava sendo limpo para a nova turma de passageiros subir, um tempo precioso era perdido.
A competição por “voos no horário” (sem atraso) trouxe a eficiência através da tecnologia.
Bem, agora já está tudo mais ou menos organizado no nosso início de turno, pelo sistema de manutenção já sabemos qual aeronave está vindo, que horas vai chegar, quais os problemas deferidos e quais os problemas novos. Próximo passo é organizar os pinos de segurança para o trem do nariz, os fones de ouvido para falar com o cockpit, uma estimativa de quanto combustível vai ser adicionado para a próxima etapa, a barra de reboque, rádio walkie-talkie e o trator de pushback (algumas destas etapas em algumas empresas são feitas por outros setores que não são manutenção).
Após o pouso, a aeronave taxia para o portão de chegada e agora vai começar a ação da manutenção – e aproveito para responder uma outra pergunta constante que me fazem:
Toda vez que o avião pousa é feito manutenção?
A resposta é sim, toda vez que a aeronave pousa, pelo menos um tipo de manutenção é feita: a inspeção de pós voo.
Enquanto a porta do avião está sendo aberta para os passageiros descerem, o mecânico lá embaixo já está começando sua inspeção de pós voo. Em resumo, é uma volta completa na aeronave verificando possíveis problemas e dando ênfase em alguns pontos importantes (especificamente rodas, pneus, trem de pouso, freios, entrada e saída do motor, luzes de navegação, superfícies de comando, sinais de colisão de pássaros e tubos de pitot).
A cada pouso e antes de cada decolagem, estes itens acima são verificados, afinal não se pode deixar passar coisas como essa né? (Foto de um Bird Strike – colisão com pássaro).

A foto abaixo mostra um mecânico substituindo uma luz de navegação de um Boeing 777. Faz parte da inspeção de pré/pós voo verificar se todas estão funcionando e se não estiverem, devem ser trocadas (a menos que isso possa gerar um atraso no horário de saída do voo, neste caso aplica-se o MEL (leia a parte 1). Olha a altura que a ponta da asa fica do chão! Trabalhar com segurança em uma altura destas é fundamental, e uma das atitudes que todo mecânico deve ter é o de sempre trabalhar focado em sua segurança e a de outros ao seu redor.

A inspeção de pós voo é uma das manutenções mais “fáceis” de serem executadas e uma das mais efetivas para a segurança de um voo. Quando eu era inspetor de manutenção na Varig, fui instrutor de inspeção de pós/pré voo para os mecânicos de GRU e sempre enfatizei a importância desta inspeção: ela é a única chance de você perceber que um pneu poderá soltar banda de rodagem na decolagem por causa de um corte, ou que um freio poderá pegar fogo por causa de um vazamento hidráulico não observado ou que uma roda pode vir a falhar por causa de um parafuso quebrado.
Existe um método (sugerido) para se fazer esta inspeção, sempre dando a volta na aeronave em sentido horário começando embaixo da janela do comandante e terminando no mesmo lugar, mas caso o mecânico não deseje seguir o método e sim o seu próprio, o mais importante é que SEMPRE faça a inspeção da mesma maneira, dia após dia após dia. Se todo dia você fizer da mesma maneira, a sua percepção vai ficar aprimorada e vai ser possível visualizar mais rapidamente quando alguma coisa não estiver “normal” (sair do padrão).
Como instrutor eu costumava abrir um “latch” (trava) de capota do motor 1 enquanto os alunos estavam fazendo a inspeção do outro lado da aeronave para ver se quando eles chegassem do lado esquerdo iriam ver o latch aberto (principalmente a noite e em dias de chuva). Ai deles se não vissem o latch aberto…rs.
A inspeção termina mais ou menos no tempo em que os passageiros desembarcam, então chega a hora de subir para consertar aqueles problemas que você já sabe de antecedência que ocorreram no voo e terminar a inspeção de pós voo checando alguns parâmetros no cockpit. A subida também dá a chance de você encontrar o comandante saindo do voo e ele pode te passar informações verbais com mais qualidade sobre problemas reportados por código via ACARS.
A seguir a parte 3 – O que olhar dentro do cockpit, em especial de um Boeing 777?

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

o dia-a-dia de um mecânico de aviação comercial - parte 1

por Lito: www.avioesemusicas.com
Depois de insistentes pedidos de muitos leitores, vou tentar descrever o dia a dia de alguém que trabalha em aviação comercial.
Antes de começar é preciso esclarecer que cada empresa aérea tem o seu procedimento e modus operandi, portanto é bem provável que algumas das coisas que eu venha a descrever aqui não sirva para todas as empresas.
Outro ponto importante é o fato de eu trabalhar em uma empresa estrangeira, o que definitivamente deixa as coisas bem diferentes no aspecto de procedimentos, então tentarei ser o mais correto possível em relação à maioria das empresas, pois sei que até mesmo entre as internacionais há grandes diferenças. A aviação geral e executiva é totalmente diferente e não falarei sobre esse nicho.
Dito isto, vamos ver mais ou menos como funciona a manutenção diária na aviação comercial (isto vai dar pano pra manga, não sei quantas partes vão ter, então já comecem tomando Lexotan pra não ficarem ansiosos pelos próximos capítulos…rs).
Há basicamente 4 tipos de manutenção nas aeronaves:
1- Manutenção de Linha – que é feita durante o trânsito das aeronaves no aeroporto, ex: A aeronave chegou de um lugar e vai sair dentro em breve para outro.
2-Manutenção de Hangar/Diária – é feita normalmente quando a aeronave tem um tempo de solo superior a 6 horas entre a chegada e a próxima saída. São feitos serviços e checks mais demorados.
3- Manutenção de checks de letras: A, B, C – Estes são trabalhos mais longos que requerem vários técnicos para cumprir uma vasta papelada. Seria equivalente a uma revisão no seu carro, onde são trocados filtros, velas, lubrificações de superfícies, etc. Estes checks são chamados de rotina, pois a cada “X” horas de voo ele vence e tem que ser refeito.
4- Overhaul – Não, não é o overhauling pra tunar o avião..rs.. esse é o tipo de manutenção mais profunda na aeronave (também chamada de Heavy Check). Neste tipo de check o avião é literalmente desmontado e remontado, a pintura é refeita e ele sai como novo. O heavy check também é controlado pelas horas de voo, em média a cada 3 ou 4 anos é feito um (claro que tem avião que voa o dia inteiro e tem uma ciclagem grande (pousos e decolagens) e esse tempo pode ser reduzido).
Eu trabalho em manutenção de linha misturado com diária, então vamos focar neste tipo de manutenção.
O dia começa com você passando pela maldita segurança de acesso a rampa, onde temos que colocar todos os pertences pela máquina de Raio X e passar pelo detetor de metais, exatamente como os passageiros. O problema com esta segurança é que mecânicos geralmente possuem ferramentas nos bolsos (dãããããã) mas não podem entrar nem sair com essas ferramentas do aeroporto (a menos que consiga uma carta autorizada da Infraero que vence a cada x meses). Estranho né? Ainda mais se você pensar que todos os funcionários do aeroporto são fichados e têm os antecedentes levantados antes que possa pegar um crachá.
Enfim, depois de passar pela segurança e entrar no pátio, a primeira coisa a fazer é colocar o protetor auricular! Tudo bem que barulho de avião é música, mas para continuar ouvindo você tem que se proteger. A média de ruído na rampa é na faixa de 85DBA, seria como todo dia ir a um show de rock por 6 horas seguidas!
Aviação Internacional
O início do turno começa tranquilo, as aeronaves ainda estão em voo, vindo de muito longe. Como será que estão estas aeronaves? Será que têm algum problema mecânico? Quando elas pousarem para qual posição do aeroporto irão? Será que o APU está funcionando ou vamos ter que conectar GPU?
Será que dá pra saber isso com antecedência?
Uma parada aqui pra poder responder as perguntas acima.
Antes de continuar é preciso revelar uma coisa que pode deixar os que têm medo de voar desconfortáveis: Aviões podem voar com problemas #prontofalei.
Pois é, em quase 100% dos casos, o avião que você vai embarcar pode ter um problema.
Mas isto não é uma má notícia! Pelo contrário. é até boa notícia, vou explicar.
Uma aeronave possui inúmeras redundâncias em seus sistemas, e quando algum equipamento dá problema, significa somente que a aeronave vai voar com a sua redundância diminuída. E é melhor saber isso antes de decolar, por isso a boa notícia :).
Seria como se o seu carro tivesse duas lâmpadas de seta para cada lado, se uma lâmpada queimasse, a outra ainda continuaria sinalizando as curvas (segunda redundância)
Aí você pergunta: Mas e se a outra luz de seta também queimar?
Não tem problema, é só abrir o vidro e sinalizar as curvas com a mão! (terceira redundância).
Mas como são categorizados os problemas no avião? No caso do carro, a seta é fácil, mas e se fossem os faróis em uma viagem noturna? Ou a alavanca do câmbio quebrada?
Bem, continuem lendo porque eu tenho que explicar essa parte pra poder voltar as perguntas lá de cima [se é possível saber os problemas que um avião tem com ele ainda em voo]
Então, os problemas são categorizados por ordem de importância em um manual que se chama MEL. Quem acompanhou as reportagens sobre o acidente do TAM3054 em Congonhas deve ter ouvido várias vezes a palavra MEL, que autorizava o avião a voar com reversos “pinados”.
O MEL (Minimum Equipment List) é um manual que lista diversos equipamentos de uma aeronave catalogados por área, e esta lista indica quantos equipamentos de um determinado sistema a aeronave possui e se é possível despachar o avião com um desses equipamentos “inop”. Se for possível, por quanto tempo este equipamento pode ficar inop? Se for possível, o que a manutenção tem que fazer para despachar? Se for possível, o que a tripulação tem que mudar em seu procedimento? Se for possível, o que o DOV precisa mudar no plano de voo e no balanceamento?
Se algum equipamento der uma pane e não houver menção a este equipamento no MEL, automaticamente o avião entra em uma condição NO GO, que significa que não pode voar.
O MEL é o manual mais importante para o despacho de um avião pela manutenção, e ele só está abaixo do comandante do voo, ou seja, mesmo que o MEL autorize determinada falha, o Comandante é quem decide se aceita ou nega o voo com aquele problema.
Dentro do próprio MEL há categorias de problemas identificados por letras que significam o tempo máximo que aquele problema pode continuar sem reparo. Estes tempos variam de 1 dia até 120 dias (problemas realmente graves ou somente uma luz de leitura do passageiro).
Há problemas também catalogados por condição atmosférica ou hora do dia. Fazendo analogia com o exemplo do carro, com uma luz de seta inop, você poderia dirigir sem problemas por 10 dias. Com duas luzes inop, você teria que sinalizar com a mão, LOGO, não poderia dirigir a noite nem em condição de chuva extrema e teria que consertar em 3 dias.
Entenderam sobre o MEL? Ótimo, porque eu não vou entrar no assunto de problemas que não são cobertos pelo MEL…rs. Ah, antes que eu esqueça, o MEL é redigido pelo próprio fabricante da aeronave (MMEL – Master MEL) e cada empresa altera o MMEL para sua realidade operacional, sempre RESTRINGINDO mais coisas do que o que o fabricante redigiu. Exemplo: o fabricante não coloca luzes de leitura no MEL, mas a maioria dos operadores acrescentam esse problema para poder ter melhor controle sobre tempo de reparo e defeitos.
Voltando à nossa rotina, como é possível saber se o avião que está vindo pousar daqui a pouco no meu aeroporto tem problemas?
Fácil, basta acessar o sistema de manutenção da empresa e verificar pelo prefixo da aeronave quais os problemas que outras bases deferiram (no Brasil isto é chamado de ACR – ação corretiva retardada), porque se o problema estava presente no MEL, é obrigatório documentar (aliás, é obrigatório documentar qualquer intervenção de manutenção ou defeito).
_Hummmmm Lito, acho que esta parte eu entendi, mas e se ocorrer um problema DURANTE o voo de vinda, dá pra saber também? E porque é necessário saber dos problemas antes do avião chegar?
Essa parte vai ficar para o próximo post: A maravilha chamada ACARS